Heitor Marinho, aos 16 anos, é premiado na Exposição Internacional Infantil de Belas Artes na República Tcheca
Por redação @ncoisascomunicacaoe
O jovem artista de 16 anos, Heitor Marinho, morador de Japeri, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, teve a obra “Caravana Brasileira” premiada com Menção Honrosa. A classificação posiciona o quadro pintado por Heitor na lista dos 50 melhores do mundo. A conquista veio depois de competir com 12 mil obras de 81 países na 52ª edição da Exposição Internacional Infantil de Belas Artes (ICEFA Lidice), realizada na República Tcheca.
Para ter o talento reconhecido, obra “Caravana Brasileira” passou pelo crivo de um júri formado por professores de arte e artistas visuais. Eles avaliaram, entre outras características, a profundidade emocional e a originalidade do trabalho.
E Heitor conta que o tema da competição foi encaminhado pela professora e grande apoiadora do trabalho dele, Peter Jean Cohen. E, que inicialmente, a pintura seria baseada nos desfiles de 7 de setembro, das celebrações do Dia da Independência do Brasil. Porém, entendeu que se assim fosse, a obra ficaria muito focada em bandeiras. Então, Heitor mudou de ideia e focou em pessoas e animais.
Reconhecimento internacional
E, logo na primeira vez que participa de uma exposição internacional, Heitor tem o talento artístico reconhecido. A competição ICEFA Lidice é uma prestigiada plataforma global para crianças e jovens de quatro a 16 anos de idade de escolas e organizações educacionais e culturais. E tem o histórico de homenagear crianças da vila tcheca de Lidice, vítimas da Segunda Guerra Mundial. Hoje é um dos mais importantes concursos de arte infantil do mundo.
Quem também faz parte dessa história é o o Brasil. Este ano, participaram 23 escolas espalhadas por cinco estados do país. E além de Heitor, mais dois brasileiros foram agraciados com Menção Honrosa. A pequenina Rebeka Vitória Rodrigues Silveira, de apenas cinco anos de idade e o jovem de 16, Caique Toshiyuki Kudaka.
Obras e inspirações de Heitor Marinho
O artista premiado, Heitor Marinho, considera que ingressou no mundo artes visuais no ano de 2019. Quando de fato começou a se interessar pela carreira artística. Entretanto, somente em 2021 começaram aparecer oportunidades para mostrar os dotes artísticos. Porém, ele mesmo ressalta: “não sei bem a data, só sei que comecei a pintar muito cedo, pinto desde que me conheço por gente e às vezes, até penso que já nasci com um pincel na mão”.
Além disso, o menino de apenas 16 anos, estuda na Colégio Estadual Almirante Tamandaré, em Japeri, cidade da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, onde mora. E ele gosta de dizer que pinta não apenas para deixar um legado, mas para mostrar como observa o mundo.
E, recentemente, participou do V Salão de Artes Plásticas: O Brasil e suas riquezas. Realizado no Museu Histórico do Exército, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. Heitor costuma pintar: natureza morta, animais, retratos e paisagens.
Eu me inspiro muito na simplicidade. Gosto de não só pintar, mas também de desenhar e retratar o que para muita gente é banal. Sinto que isso faz parte de mim, faz parte de quem sou! Gente simples lutando para ser vista pelo mundo. Acho que pintar essas coisas, do dia a dia, seria uma forma de retribuir tudo que a vida faz por mim. Além de ser algo que ajuda muito no meu processo como ser humano.
Heitor Marinho
Família: apoio e afeto
“Estou muito feliz e orgulhosa com meu filho sendo reconhecido pelo seu grande talento no mundo a fora. Sempre digo a ele que ele é incrível e necessário para muitos. Não é fácil chegar até aqui e ser reconhecido por ter um nobre talento. Muitas oportunidades surgem através de sua professora Peter Jean, que não se cansa de apresentar o Heitor e suas lindas obras de arte. Sempre nos ajudando com inscrições em concursos e exposições. Só orgulho!”, diz Elisângela Marinho do Nascimento.
Heitor Marinho e família.
E é com a família que Heitor Marinho conta o tempo todo. Já a mãe, Elisângela, simboliza a força e a coragem que impulsionam os voos de Heitor. Os inúmeros desafios, até na hora de embalar a obra para enviar para a competição, são enfrentados juntos.
Heitor é um gigante, é meu artista, meu autista.
Elisângela Marinho do Nascimento